Nome, sobrenome ou pronome?
Dentre os casos de nomes estranhos que já vi e ouvi em minha vida como escrevente de cartório de registros civil, um em especial chamou-me atenção. Um indivíduo, bem apessoado, com cara de intelectual, acabara de entrar e anunciou euforicamente ao meu colega de trabalho:
- Nasceu meu filho! Gostaria de registrá-lo. Chamar-se-á Pronome do Caso Reto Possessivo Demonstrativo Interrogativo de Tratamento da Silva.
- Tem certeza do que diz senhor? - Argumentou o escrevente.
- Claro, sem dúvida e absolutamente!
- Mas não é um tanto estranho esse nome?
- Não, pois esse nome tem razão de ser.
Interessado nessas razões, o colega fez questão de ouvir as explicações do homem.
- Sim, Pronome do Caso Reto, pois Eu e Ela, Nós, minha esposa e eu é claro o fizemos com muito amor.
- Faz sentido! - Respondeu o escrevente.
- Muito mais sentido faz o Possessivo, pois o filho nos pertence, portanto é nossa a criança.
- É muito lógico...
- Lógico é o demonstrativo, pelo simples fato de ele ser, este filho, aquele que mostra o verdadeiro amor entre duas pessoas.
- Puxa! Isso é bonito! O senhor é mesmo um apaixonado...
- Pela esposa e pela gramática!
- E como se explica o Interrogativo?
- Qual o que? O interrogativo representa o caráter que terá o meu filho, um verdadeiro questionador da sociedade.
- Muito interessante. Agora só falta explicar o de tratamento.
- É fácil, explica-se nas atitudes que terá meu filho em seus relacionamentos como homem público. Com certeza tratará a todos de igual forma e poderá ser tratado como Excelência, Ilustríssimo, Vossa Senhoria, Excelentíssimo etc.
- Bem! E o Silva representa o que nessa história?
- Simplesmente ”Do Povo para O Povo”.
(Ademar Oliveira de Lima e João Carlos de Menezes))
Leitores Especiais!!
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